DPE/MA participa de atividades voltadas ao combate à violência contra a mulher no Maranhão
A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), por meio do Núcleo de Defesa da Mulher, participou do I Curso de Formação para Lideranças Comunitárias, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Mulher (SEMU). O defensor público Bruno Antônio Barros Santos, titular do Núcleo, palestrou e participou de uma roda de conversa com diversas lideranças comunitárias, no dia 4 de dezembro, na sede do Centro Estadual de Referência da Mulher Negra, sobre masculinidades, patriarcado, misoginia, interseccionalidades e machismo estrutural, em referência à campanha do Laço Branco.
Outro evento em alusão à campanha do Laço Branco (Dia Nacional de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as Mulheres) foi realizado pela Secretaria Adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Maranhão, bem como pela Superintendência de Atenção Primária em Saúde, por meio do Departamento de Atenção à Saúde da Mulher-DASMU, no dia 9 de dezembro, no auditório do Almere.
O defensor público Bruno Antonio também palestrou sobre masculinidades, interlocuções entre Direito e Saúde, misoginia e machismo estrutural, destacando a importância desse debate também ser protagonizado por profissionais que atuam na área da Saúde, inclusive com a criação de protocolos de atendimento para o enfrentamento às violências de gênero contra as mulheres.
A campanha “Laço Branco” surgiu com o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, cuja data é 6 de dezembro. Essa campanha ("White Ribbon Campaign") teve origem a partir do massacre na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá, no dia 6 de dezembro de 1989, em que um homem invadiu uma sala de aula, ordenou que todos os homens se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Depois ele gritou: "vocês são todas feministas?", e começou a atirar, matando 14 mulheres.
Em seguida, ele praticou suicídio. Em uma carta deixada pelo assassino, ele havia escrito que não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia (curso tradicionalmente masculino). Esse massacre gerou manifestações, inclusive de homens canadenses, que ocuparam as ruas utilizando laços brancos como simbólico do combate à violência contra as mulheres e de não fechar os olhos em relação a essa violência, com uma nova visão da masculinidade. No Brasil, a Campanha do Laço Branco é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG)".