Concurso Literário de Poemas da DPE/MA e Academia Maranhense de Letras Jurídicas premia vencedoras

    A Defensoria Pública do Estado do Maranhão realizou, na última quarta-feira (03), no auditório Ada Valentina, em São Luís, a cerimônia de premiação da 2ª edição do Concurso Literário de Poemas. Voltada para o incentivo à leitura entre as mulheres em privação de liberdade em todo o Maranhão, a iniciativa reuniu representantes da DPE/MA, da Academia Maranhense de Letras Jurídicas e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).

     “Impulsionar a produção literária é também estimular voz, identidade e sensibilidade. Este concurso, que teve como tema ‘A importância da educação na prevenção da violência contra a mulher’, reforça nosso compromisso de ampliar espaços de expressão, especialmente para quem, muitas vezes, não os tem. Esta é uma iniciativa pioneira, que vem dando certo na Defensoria do Maranhão. Por meio da literatura, nós levamos cidadania, socialização e mostramos um outro lado do sistema de justiça, mais humanizado”, afirmou o defensor-geral do Estado, Gabriel Furtado.

    O presidente da Academia Maranhense de Letras Jurídicas, Júlio Moreira Gomes Filho, destacou a qualidade das obras inscritas e a relevância da parceria com a DPE/MA para incentivar novas autoras. “Ficamos impressionados com a força emocional dos poemas. Fruto de Termo de Cooperação Técnica entre a instituição e a Academia, esse momento demonstra sensibilidade e senso de missão pública ao promover a literatura como um instrumento de transformação. Nós vamos sempre prestigiar projetos que aproximem públicos vulnerabilizados dos seus direitos”, declarou.

    Ao longo do processo criativo, cada participante inscreveu um poema de autoria própria. As obras foram avaliadas por uma comissão julgadora formada pelos membros da Academia Maranhense de Letras Jurídicas Reynaldo Soares da Fonseca, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Lourival de Jesus Serejo; e pelo advogado Carlos Sebastião Silva Nina.

    “O combate à violência de gênero envolve não só medidas legais de caráter repressivo, como a Lei Maria da Penha, mas também ações de prevenção e educação em gênero, com o objetivo de construirmos uma sociedade menos violenta e misógina. E a nossa missão, em construções coletivas como as desta tarde, é educar e instrumentalizar mulheres para que, por meio da expressão literária e do pensamento crítico, manifestem seus sentimentos, unindo suas vozes às de tantas outras no enfrentamento à violência contra as mulheres”, ressaltou a coordenadora do concurso, a defensora pública do Núcleo de Execução Penal, Julyana Patrício.

    Todas as autoras que submeteram poemas para análise da banca examinadora receberam certificado de participação assinados pela DPE/MA, pela Academia Maranhense de Letras Jurídicas e pela SEAP, atestando 12h de atividades para fins de remição da pena, conforme Lei de Execução Penal, Resolução n. 391 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Portaria Conjunta n. 38/2024 do Estado do Maranhão.

    “A literatura é um ato de liberdade e, ao mesmo tempo, de acolhimento. Ver tantos talentos neste espaço nos deixa emocionadas. Que o projeto tenha vida longa e que mais poemas nasçam das nossas mãos”, afirmou a escritora Antônia de Nazaré Ribeiro.

    As autoras dos poemas selecionados terão as obras publicadas em livro a ser organizado pela Escola Superior da DPE/MA.

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