DPE oficia Prefeitura de São Luís para apurar impactos decorrentes da exoneração em massa ocorrida na Semcas

    Em razão da exoneração em massa de ocupantes de cargos comissionados da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), informada no Diário Oficial do Município de São Luís do dia 6 de dezembro, a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) emitiu, nesta quarta-feira (7), ofício ao prefeito Eduardo Braide, requerendo informações sobre o funcionamento do órgão responsável pela aplicação das políticas de garantia de direitos de populações vulneráveis na capital maranhense.

    Segundo o documento assinado pelo defensor público Davi Rafael Veras, titular do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NDCA), a Prefeitura tem um prazo de 24 horas para responder questionamentos como o número de pessoas exoneradas e cargos comissionados e sobre a existência de um plano de transição.

    O NDCA também quer saber se há um responsável pela Secretaria até ulterior escolha de novo secretariado e equipe correspondente, e se há estimativas sobre o impacto ou risco de paralisação dos serviços, políticas e programas atrelados à Secretaria.

    “Também questionamos se existe um plano emergencial para manutenção dos serviços. É preciso entender que para além da prerrogativa do gestor de livre nomeação e exoneração de cargos de comissão, se faz necessário avaliar e acompanhar impactos e riscos nos serviços essenciais prestado pela Semcas, à luz do princípio da continuidade do serviço público”, destacou Davi Veras, justificando a preocupação da Defensoria com a situação do órgão municipal.

    Ainda conforme o ofício, segundo informações preliminares colhidas com integrantes da rede de assistência, a exoneração em massa poderia inviabilizar o funcionamento da Secretaria para suas funções básicas, com a saída abrupta de vários servidores em funções estratégicas, deixando setores inteiros da alta complexidade praticamente desprovidos.

     

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