Projeto “Encontro com Elas na Comunidade” beneficia mais de 500 mulheres com diálogos de combate à violência contra a mulher

    A Ouvidoria-Geral, da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), e o Núcleo Psicossocial da instituição, promoveram, na quinta-feira (11), diálogo com mulheres na Vila Tijupá Queimado, comunidade de São José de Ribamar, marcando o encerramento do 1º semestre do projeto “Encontro com Elas na Comunidade”. O objetivo destes encontros é levar educação em direitos para os bairros, sobretudo os mais pobres, abordando o combate à violência doméstica.

    O bate-papo, desta vez, foi conduzido pela ouvidora-geral da DPE, Fabíola Diniz, pela coordenadora do Centro Integrado de Assistência à Pessoa com Deficiência (Ciapd), Maelle Medeiros, e pela psicóloga da instituição, Marcia Serra. Desde o início do ano, durante cinco rodas de conversas, já foram beneficiadas mais de 500 mulheres. Também, participa das palestras a assistente social Nathalia Tinôco.

    “É um diálogo fundamental para que mulheres que vivem em regiões com grande índice de violações de direitos possam conhecer, identificar e denunciar ciclos de violência. Muitas não sabem por onde começar, como, por exemplo, os canais de denúncias. Algumas, inclusive, têm medo. Portanto, quanto mais o assunto for discutido, mais pessoas poderão combater este mal ainda presente na sociedade”, destacou Fabíola Diniz.

    Para a líder comunitária Cláudia Lima, o tema deve ser multiplicado para que mulheres não sejam vítimas de violência doméstica, como o feminicídio. “Nós aprendemos aqui o que é violência psicológica, financeira, física e outras. Coisas que até sabíamos por alto, mas sem saber como proceder e o que fazer em casos do tipo”, destacou.

    Diálogo – Importante frisar, que o debate é um desdobramento de atividade já realizada pelo Núcleo de Defesa da Mulher e da População LGBTQIA+, da DPE/MA, que funciona na Casa da Mulher Brasileira. Toda semana, a equipe da unidade tem uma bate-papo com mulheres que sofreram violência doméstica e, por algum motivo, desejam a extinção da medida protetiva contra seus companheiros.

    “As rodas de conversa que realizamos têm alcançado seu objetivo, que é explicar para mulheres vítimas de violência o que o ato de extinção da medida pode ocasionar e fazê-las entender o nível e o tipo de violência que elas continuam passando. Muitas, inclusive, desistem de pedir o fim da medida”, concluiu Marcia Serra.

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