Em alusão ao Dia 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) realizou um Cine Debate com adolescentes da região da Cidade Olímpica, em São Luís, nesta quinta-feira (19).

A atividade foi conduzida pela defensora pública Ana Lourena Moniz Costa, com o apoio do defensor público Davi Veras, ambos titulares do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente, e da assistente social Lila Barbosa.

Na ocasião, as jovens do projeto Menina Cidadã e uma turma de estudantes do Centro Educamais Pe. José Bráulio Sousa Ayres assistiram ao filme Mundo Sem Porteira, que aborda o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras, a partir da história real de Thaís, que passou pela exploração, abuso e abandono.

Após a exibição, o grupo realizou um debate sobre o assunto retratado no documentário. Encabeçando as discussões, as “Meninas Cidadãs” compartilharam diversas questões vinculadas à exploração que veem na comunidade onde vivem, como casos de meninas que são trazidas do interior para a capital para serem exploradas como empregadas domésticas. Além disso, elas apontaram algumas proposições para a DPE.

Para a defensora Ana Lourena Moniz, a atividade demonstrou ser uma importante ação para conscientizar as estudantes sobre como se prevenir e buscar auxílio em casos de abuso. “Buscamos, com o Cine Debate, estimular o protagonismo das adolescentes para que elas também tenham ferramentas para sua defesa e vejam a Defensoria como uma parceira nessa caminhada contra a exploração sexual de crianças e adolescentes”, disse.

Bianka Melo, do projeto Menina Cidadã, ressaltou a importância da atividade para as meninas que estiveram na sede da Defensoria estadual. “Esse é um aparelho de proteção a crianças e adolescentes que nos acolheu em sua sede para nos escutar. Isso tem um grande significado para nós e para nossa construção de conhecimento de um modo geral”, afirmou.

O defensor Davi Veras defendeu que o Cine Debate foi também uma excelente oportunidade para a Defensoria otimizar sua atuação a partir do diálogo com as adolescentes. “As instituições de proteção da Infância precisam sempre estar refletindo criticamente para avançar. Geralmente, esses espaços de discussão que tratam sobre esse assunto são ocupados por homens adultos. Com os relatos dessas estudantes, podemos buscar novas formas de atuar. É uma via de mão dupla no combate à exploração”, ressaltou.