Defensoria Pública realiza força-tarefa para minimizar impactos do novo coronavírus na capital e no interior

    Para minimizar os impactos negativos da pandemia do novo coronavírus, no Maranhão, bem como reforçar as medidas de prevenção ao contágio da doença, que segue em franco crescimento no país, a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) iniciou uma força-tarefa, com ações em todas as frentes, envolvendo o trabalho de defensores públicos e servidores. Núcleos da capital e do interior já emitiram dezenas de recomendações aos Poderes e também à iniciativa privada, com a intenção de resguardar direitos, sobretudo dos mais vulneráveis, assistidos em potencial da instituição.

    Todas as ações foram deflagradas a partir do anúncio pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março, da pandemia do novo coronavírus, o que suscitou também a criação do Gabinete de Crise, visando fomentar estratégias unificadas e ordenadas para o combate à pandemia, a orientação de assistidos e a continuidade do atendimento da população maranhense, mesmo com algumas limitações.

    Uma das áreas com maior número de requisições, encaminhadas pela DPE/MA, é a da saúde. Baseadas em orientações e recomendações feitas pela OMS, Ministério da Saúde do Brasil, e reiteradas por decretos e outros dispositivos estadual e municipais, as recomendações tratam, dentre outros, da necessidade de priorizar a vacinação contra a H1N1 voltada a idosos e pessoas que fazem de grupos de risco, de realizar o contingenciamento da pandemia, ampliar locais de atendimento médico-ambulatorial, sempre reforçando a necessidade do isolamento social para aqueles que podem ficar em casa, e da adoção de medidas preventivas que evitem aglomerações aos estabelecimentos que prestam serviços essenciais.

    Populações vulneráveis como pessoas que vivem em situação de rua, idosos, mulheres, crianças e adolescentes, encarcerados, estão sendo beneficiadas com as ações desenvolvidas pela instituição, que tem se preocupado também com os profissionais de saúde. Na área de execução penal, dentre os vários pedidos, a Justiça já concedeu a possibilidade de converter a prisão civil por alimentos em prisão domiciliar pelo prazo de 30 dias. No caso dos adolescentes em conflito com a lei que cumprem medidas socioeducativa de semiliberdade, já houve decisões favoráveis para que eles sejam mantidos em casa.

    A liberação de saque de FGTS, bem como de ações de despejo, obras de melhorias de infraestrutura da cidade, a limitação da comercialização de produtos considerados emergenciais no combate à pandemia da COVID-19, como parte de um projeto de lei sugerido pela Defensoria, além da adoção de novos procedimentos para emissão de registros de óbitos e de nascimento, foram outros pontos abordados nas recomendações da instituição. Os defensores públicos também estão cobrando de serviços de transporte público, e estabelecimentos essenciais como supermercados e lotéricas, o cumprimento de medidas de combate e prevenção ao novo coronavírus.

    E já há muitos resultados positivos nessa luta. Na capital, os restaurantes populares passarão a abrir as portas aos fins de semana, para garantir alimentação aos necessitados, em especial os que não têm casa para morar. Também já houve a suspensão no corte de fornecimento de água aos consumidores de Paço do Lumiar e São José de Ribamar pelos próximos 60 dias.

    Embora muitos núcleos regionais estejam solicitando a manutenção no fornecimento de merenda escolar para alunos matriculados regularmente na rede pública de ensino, em especial àqueles que são beneficiários do Bolsa Família e que estejam em situação de vulnerabilidade social, em Imperatriz isso já vai se tornar uma realidade. O Município anunciou a distribuição de 45 mil cestas básicas para essas famílias, atendendo a pedido da DPE/MA e do Ministério Público.

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