A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), por meio do Núcleo de Defesa da Mulher, participou de dois grandes eventos no enfrentamento às violências de gênero contra as mulheres. Na sede da prefeitura de São Luís, em alusão aos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, o defensor público Bruno Antonio Barros Santos palestrou no Seminário realizado pelo Conselho Municipal da Condição Feminina (CMCF), sob a presidência da advogada Maria de Ribamar e também presidente da Comissão da Mulher e da Advogada da OAB-MA.

O evento contou com palestras da vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, e da assistente social do Setor de Atividades Especiais Espaço Mulher (SAEEM) e conselheira emérita do Conselho Municipal da Condição Feminina (CMCF), Silvia Leite. A campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, criada pelo CNJ, se inspira na ação mundial denominada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, que se iniciou em 1991. O objetivo é denunciar e debater as diversas formas de violência contra as mulheres no mundo. Atualmente, a mobilização é realizada em 160 países.

Ainda sobre a temática de enfrentamento às violências de gênero, o defensor público Bruno Antonio, do Núcleo de Defesa da Mulher da DPE, também palestrou no Seminário Regional da 3ª Edição da Jornada da Rede de Mulheres Negras do Nordeste (RMNN), com abordagem do tema "Acesso à Justiça Pela Vida das Mulheres Negras: Enfrentando a Violência Doméstica, Familiar e o Feminicídio no Nordeste".

O evento teve, ainda, palestras da juíza Lúcia Helena Barros Heluy da Silva; da delegada da mulher, Kazumi Tanaka; da diretora da Casa da Mulher Brasileira de São Luís, Susan Lucena Rodrigues; da vice-prefeita da capital, Esmênia Miranda; da professora da UFMA Carla Serrão; da assistente social e coordenadora do Setor Espaço Mulher do Hospital Socorrão II, Silvia Leite; e contou com a mediação de Cláudia Gouveia, antropóloga e coordenadora do Programa Fazendo Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), integrante da Rede de Mulheres Negras do Maranhão (REMNEGRA) e da Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

A Rede de Mulheres Negras do Nordeste (RMNN) é uma articulação de organizações do Movimento de Mulheres Negras atuante nos nove estados da Região Nordeste. Criada em 2013, com foco em articular, refletir e incidir a partir das especificidades de ser mulher negra nesta região. A Rede conta hoje com 35 organizações, coletivos, grupos de mulheres negras – ou entidades mistas com foco no enfrentamento ao racismo e sexismo. Do estado do Maranhão integram a Rede Nordeste, a Rede Mulheres Negras do Maranhão (REMNEGRA) e o Grupo de Mulheres Negras “Mãe Andresa” (GMNMA). O evento teve, também, apresentação cultural de Celia Sampaio e Lúcia Gato.