Defensor público de Balsas participou de mesa redonda sobre racismo no dia da consciência negra

    O defensor público Thiago da Silva Santana, que atua no Núcleo Regional da Defensoria Pública do Estado, em Balsas, participou de mesa redonda “Diálogos sobre racismo e sociedade”, promovida pela Assistência Estudantil da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), campus daquele município, em alusão ao Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

    O evento presencial teve inscrições restritas como medida de prevenção à contaminação da pandemia. A intenção foi discutir com a comunidade acadêmica o tema central do encontro a partir de três aspectos diferentes. Thiago Santana abordou “Os crimes de racismo e injúria”. Ainda teve palestras do psicólogo Rômulo Mafra sobre "Racismo estrutural e efeitos psicológicos na população negra” e da advogada e professora Mércia Silva, com o tema “O papel da mulher negra na sociedade atual”.

    Para o defensor público, a instituição cumpre com seu papel quando participa de eventos como esse. “Sinto-me muito honrado por ter recebido o convite de participar dessa mesa redonda, realizando a nossa função de promover a educação em direitos humanos, sobretudo a partir do tema do racismo, fundamental para compreensão da sociedade brasileira e maranhense. No Dia da Consciência Negra, é fundamental ressaltar a importância do negro para a formação social brasileira, cuja origem remete à colonização e escravização, mas também com muita resistência, a exemplo de Zumbi, cuja morte é rememorada nessa data”, destacou.

    Sobre o diálogo com os acadêmicos, Santana lembrou que educar em direitos exige revelar as dificuldades para efetivação do princípio da igualdade. “A igualdade formal não é suficiente porque a realidade é o racismo estrutural. É necessário o reconhecimento dessa desigualdade, afastando a ideia de que existiria no Brasil uma democracia racial”.

    Para ele, o Dia da Consciência Negra é um momento importante para evidenciar a necessidade urgente de efetivar os direitos de negros e negras e de continuar a história de resistência de Negro Cosme, Maria Firmina dos Reis e tantos outros (as).

    “Ao reconhecer o racismo, impõe-se ao Estado o dever de promover ações afirmativas em favor dos negros, a exemplo das políticas de cotas para educação superior e em concursos públicos”, assinalou.

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