O Núcleo Regional da Defensoria Pública do Estado, em Icatu, realizou recentemente inspeção e visita ao Hospital Municipal daquela cidade, onde constatou uma série de problemas e irregularidades. Recomendações foram encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde, solicitando a tomada de providências.  

A visita foi motivada por denúncias recebidas pelos defensores públicos do núcleo acerca das péssimas condições do Hospital de Icatu. A unidade de saúde presta atendimento a uma população de mais de 27 mil habitantes, sendo que possui apenas 27 leitos, isto é, um leito para cada mil habitantes, não existindo sequer Unidade de Terapia Intensiva.

Conforme verificado, as condições dos leitos são inadequadas aos pacientes e o hospital conta com apenas duas ambulâncias. Outro aspecto observado durante a inspeção é que a unidade de saúde apresenta uma estrutura física bastante antiga, que nunca sofreu qualquer tipo de ampliação desde a sua inauguração. Além disso, o hospital possui acessibilidade crítica para idosos, pessoas com deficiência e demais vulneráveis.

Também consta no relatório do núcleo regional da DPE que o hospital não possui equipamentos essenciais, além de possuir alguns em quantidade insuficiente. Mantém, ainda, poucos profissionais de saúde, o que reflete na quantidade de serviços de saúde oferecidos à população.

O defensor público Alex Pacheco Magalhães além de oficiar o Poder Público Municipal, também encaminhou solicitações ao Governo e à Secretaria de Estado de Saúde no sentido de contar com o apoio do Estado para permitir a ampliação e melhorias do Hospital Municipal de Icatu, bem como a destinação de recursos voltados à saúde da população icatuense, garantindo um atendimento digno e de qualidade.

Para Magalhães, “a saúde tem que ser prioridade, principalmente no atual momento em que estamos atravessando. De fato, o Município de Icatu precisa contar com um Hospital de qualidade, pois o que vem sendo ofertado à população é completamente inaceitável. É preciso avançar e muito. Esse pleito pertence à população, sendo também o nosso dever provocar os poderes públicos para a promoção de direitos”.